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Tudo o que você precisa saber sobre o balão intragástrico

  • 9 de out. de 2020
  • 3 min de leitura


Quando enfatizo a importância da mudança comportamental para pacientes obesos conquistarem o emagrecimento, me preocupo com a saúde de cada um. Adotar hábitos saudáveis para chegar ao peso ideal é muito mais do que emagrecer por estética. Afinal, quadros de obesidade, como já falei anteriormente, são fatores de risco para diversas doenças graves, como diabetes, hipertensão, câncer, problemas gastrointestinais e outras.

O sobrepeso é uma questão de saúde que merece cuidado e atenção especializada para que o bem-estar do paciente seja preservado. Entre os tratamentos mais recomendados, está o balão intragástrico. Além de seguro, ele trabalha a perda de peso de forma responsável. A partir do momento em que é introduzido e ajustado no estômago do paciente, ele reduz a sua sensação de apetite e propõe a reeducação alimentar. A pessoa começa a ter uma rotina e alimentação mais equilibrada e, consequentemente, ativa a perda de peso.


O que é um balão intragástrico

Trata-se de um balão de silicone maleável colocado no estômago que enche parcialmente e pode ajudar a controlar a fome e diminuir a quantidade de comida que você ingere habitualmente. Entretanto, é importante que o paciente saiba utilizar o balão gástrico em seu favor - e você vai descobrir o porquê.

O balão gástrico pode funcionar como um trampolim, um “empurrãozinho” quando você já tentou se exercitar ou seguir dietas em longo prazo e não emagreceu nada, perdeu pouco peso comparado ao que precisa eliminar para se livrar da obesidade.

Contudo, ele só fica em seu estômago por 06 meses. Depois, é retirado. Justamente por isso, especialistas recomendam combinar o balão gástrico com outras ferramentas eficazes para que você consiga manter o corpo magro após a retirada.

Quem está indicado a fazer o balão intragástrico?

Qualquer pessoa que não possua contraindicações formais para o tratamento. Não existe ainda uma idade mínima ou máxima estabelecida que impeça o procedimento de balão. Sabemos que o público adolescente tem maior taxa de insucesso por características comportamentais peculiares dessa faixa etária.


Além disso, abaixo de 16 anos a indicação deve ser feita por um pediatra e por um endocrinologista. O psicólogo é obrigatório. Na faixa mais senil, os pacientes tendem a se comportar muito melhor e são mais engajados no tratamento. No entanto, devido a características metabólicas peculiares dessa faixa etária, o tratamento fica mais difícil, por um metabolismo muito lento, baixo índice de massa magra, entre outros fatores. Nem um nem outro paciente significa que não podem funcionar. Ambos podem, mas há que se considerar esses fatores. Existe um público especial que se beneficia muito com o tratamento do balão. São aqueles que precisam perder uma quantidade substancial de quilos, mas que apenas dieta e exercícios não resolveriam ou uma cirurgia bariátrica já seria demais. Essa faixa de pacientes entre o tratamento conservador (medicamentos, dieta e exercícios) e a tratamento cirúrgico (cirurgia bariátrica) se configura o melhor público para o balão. Obviamente, qualquer pessoa com IMC maior ou igual a 27 pode optar pelo balão, mas isso deve ser levado dentro do contexto de cada paciente. ⠀

Contraindicação

As contraindicações podem, então, estar relacionadas à presença de doenças prévias dos pacientes que não permitiriam o uso do balão e, por isso, uma avaliação minuciosa pelo médico é essencial antes de se indicar o balão como tratamento. Mas também podem estar relacionadas às próprias condições do estômago, que o impediria de ser implantado. Existem quatro principais:

  • Um estômago já operado por qualquer motivo no passado, pois o estômago precisa estar totalmente íntegro.

  • Um tumor no estômago, por motivos óbvios.

  • Uma úlcera ativa na parede gástrica, que pode ser tratada para depois ser realizado o implante.

  • Uma hérnia diafragmática hiatal maior que 5 cm, onde metade do seu estômago pode estar em cavidade torácica, tornando o formato do estômago em ampulheta, o que não permitiria a presença do balão. As famosas e frequentes gastrites ou qualquer outra “ite” do trato digestivo alto (esôfago-estômago-duodeno) não é impeditivo, pois podem ser tratadas até mesmo durante o tratamento com o balão.


Lembrando que, durante todo o processo, o paciente deve ser acompanhado por profissionais especialistas, para que receba as orientações necessárias, como o plano alimentar ideal e exercícios físicos corretos, e tenha os resultados que espera.


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