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3 doenças comuns do sistema digestivo

  • 3 de set. de 2020
  • 3 min de leitura



Você sabe quais são as 3 doenças comuns do sistema digestivo? Veja no texto abaixo os principais sintomas, causas e tratamentos de cada uma delas.


Apendicite


Apendicite é resultado da inflamação do apêndice, pequeno órgão linfático parecido com o dedo de uma luva, localizado no ceco, a primeira porção do intestino grosso. Geralmente ela ocorre por uma obstrução da luz dessa pequena saliência do ceco pela retenção de materiais diversos com restos fecais.


O quadro inflamatório-infeccioso característico da apendicite é mais frequente entre 20 e 30 anos e pode ser extremamente grave. Em caso de dor forte e localizada do lado direito na parte baixa do abdômen, procure ajuda imediatamente, pois apendicite pode evoluir em algumas horas e levar à morte se o paciente não for tratado a tempo.


Sintomas:

  • Falta de apetite é o principal sintoma da apendicite. No entanto, como aparece em qualquer quadro infeccioso, torna-se um sinal inespecífico;

  • O sintoma mais característico é a dor abdominal que se manifesta do lado direito e na parte baixa do abdômen, na altura do umbigo. É uma dor pontual, contínua e localizada, fraca no início, mas que vai aumentando de intensidade;

  • Colapso do aparelho digestivo, porque o intestino pára de funcionar;

  • Febre;

  • Queda do estado geral;

  • Náuseas, vômitos e certa apatia.


Tratamento:


O único tratamento para a doença é cirúrgico. A incisão é pequena e as cicatrizes, quase imperceptíveis. A intervenção pode ser feita também por via laparoscópica com os mesmos resultados da cirurgia com campo aberto. Se a cirurgia não for realizada em tempo hábil, a apendicite pode colocar em risco a vida do paciente.


Em casos excepcionais, é recomendado fazer um tratamento clínico antes de realizar a cirurgia.



Refluxo


A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), popularmente conhecida como azia, caracteriza-se pelo retorno do conteúdo gástrico para o esôfago, cuja mucosa não está preparada para receber substâncias ácidas e irritantes, e que também pode alcançar a boca, provocando alterações dentárias, ou atingir a laringe e os pulmões.


Crianças pequenas podem apresentar episódios de refluxo em virtude da fragilidade dos tecidos existentes na transição entre o estômago e o esôfago. Na maioria dos casos, o problema desaparece espontaneamente.


Sintomas:

  • Azia ou queimação que se origina na boca do estômago, mas pode atingir a garganta;

  • Dor torácica intensa, que pode ser confundida com a dor da angina e do infarto do miocárdio;

  • Tosse seca;

  • Doenças pulmonares de repetição como pneumonias, bronquites e asma.


Tratamento


O tratamento da DRGE pode ser clínico ou cirúrgico.


O clínico inclui a administração de medicamentos que diminuem a produção de ácido pelo estômago e melhoram a motilidade do esôfago para favorecer o esvaziamento gástrico.

Paralelamente, o paciente recebe orientação para perder peso, evitar alimentos e bebidas que agravam o quadro (como gordura e cafeína), fracionar a dieta e praticar exercícios físicos.


Úlcera


A úlcera é uma ferida que pode ocorrer em diversas partes do organismo, como na pele e no cólon (colite ulcerativa), por exemplo. Quando se fala em úlcera, porém, quase sempre as pessoas se referem às úlceras pépticas, isto é, às úlceras gástricas que surgem no estômago, às úlceras do duodeno, na junção do estômago com o intestino delgado, e mesmo às do esôfago, que são mais raras.


Os ácidos estomacais, especialmente o clorídrico, são muito fortes. Num estômago normal e saudável, sua ação restringe-se somente aos alimentos, mas, em determinadas situações, eles podem atacar o revestimento do trato digestivo e provocar o aparecimento de uma úlcera que destrói a parede estomacal e do duodeno.


Sintomas:

  • Sensação de dor e/ou queimação na área entre o esterno e o umbigo que se manifesta especialmente com o estômago vazio, pois a ausência de alimentos para digerir permite que os ácidos irritem a ferida;

  • Dor que desperta o paciente à noite e tende a desaparecer com a ingestão de alimentos ou antiácidos;

  • Dor característica da úlcera do duodeno que desaparece com a alimentação reaparecendo depois (ritmo dói-come-passa-dói-come-passa-dói);

  • Vômitos com sinais de sangue;

  • Fezes escurecidas ou avermelhadas que indicam a presença de sangue.


Tratamento:


Anos atrás, acreditava-se que uma dieta leve, à base de leite, com pouca fibra e poucos temperos, era eficiente para o controle da úlcera. Hoje, está provado que essa indicação não procede. No entanto, se você tem úlcera ou predisposição para desenvolvê-la, alguns cuidados podem ajudá-lo a controlar as crises:


  • Não fume. Fumantes estão mais propensos a desenvolver úlceras;

  • Faça refeições menores, mais leves e mais próximas umas das outras. Isso ajuda a diminuir a dor e a queimação;

  • Evite chá, café, refrigerantes e bebidas alcoólicas, substâncias que estimulam a produção de ácidos;

  • Suspenda o uso de aspirina e anti-inflamatórios. Converse com seu médico que irá indicar medicamentos menos prejudiciais à mucosa estomacal, antiácidos que podem ajudar a diminuir os sintomas ou antibióticos, no caso de infecção por Helicobacter pylori;

  • Procure controlar, na medida do possível, o nível de estresse a que está exposto.

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