Entenda os diferentes graus de obesidade e a importância do tratamento médico adequado
- Dr. Edmar Toscano
- há 2 dias
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A obesidade é uma condição que vai muito além da estética. Trata-se de uma doença crônica, progressiva e multifatorial, com impacto direto na saúde e na qualidade de vida de quem a enfrenta. No consultório, uma das primeiras etapas do diagnóstico é a classificação do grau de obesidade, que é feita a partir do IMC (Índice de Massa Corporal). Mas você sabe o que isso significa na prática?
O IMC é uma medida simples, calculada dividindo o peso (em quilos) pela altura ao quadrado (em metros). Embora não seja o único indicador, ele é uma ferramenta amplamente utilizada para classificar o excesso de peso e o grau de obesidade. Quanto maior o IMC, maior o risco de complicações para a saúde.
Obesidade Grau 1 (Moderada)
IMC entre 30 e 34,9
Nesse estágio, há um aumento moderado do peso corporal, o que já pode trazer riscos à saúde, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, apneia do sono e alterações hormonais. Com o devido acompanhamento, essa fase ainda permite uma boa resposta a intervenções clínicas e mudanças no estilo de vida.
Obesidade Grau 2 (Severa)
IMC entre 35 e 39,9
O grau 2 indica uma condição mais séria, com maior risco de complicações metabólicas e cardiovasculares. Nessa fase, o acompanhamento médico torna-se ainda mais importante, muitas vezes com a necessidade de um plano mais estruturado, que pode incluir uso de medicamentos, terapias multidisciplinares e, em alguns casos, avaliação para cirurgia.
Obesidade Grau 3 (Mórbida ou Grave)
IMC igual ou superior a 40
A obesidade grau 3 é considerada a mais grave. Os riscos à saúde são altos e envolvem doenças cardíacas, problemas respiratórios, osteoartrite, síndrome metabólica, infertilidade e complicações sérias associadas ao diabetes tipo 2. Nessa fase, o tratamento multidisciplinar e, em muitos casos, a cirurgia bariátrica são opções que precisam ser consideradas com responsabilidade e orientação médica.
Independentemente do grau, a obesidade exige tratamento individualizado. Cada paciente tem uma história, um corpo e uma resposta única. A abordagem deve ser ampla: mudanças na alimentação e estilo de vida, atividade física, suporte psicológico e, quando indicado, tratamentos farmacológicos ou cirúrgicos.
A boa notícia é que, com o acompanhamento certo, é possível controlar os riscos e melhorar significativamente a qualidade de vida.
Se você se identifica com algum dos graus acima, saiba que não está sozinho(a). Buscar orientação médica é o primeiro passo para retomar o controle da sua saúde. A obesidade tem tratamento, e quanto mais cedo começar, melhores são os resultados.